Quando vão parar?
- Giulianna Ruiz
- 14 de jul. de 2020
- 3 min de leitura

Essa semana foi um show de horror no que diz respeito à violência contra a mulher!
Domingo, tivemos o caso de uma mulher que sofreu um ataque de homofobia e foi espancada no Rio de Janeiro. No começo da semana, a novela “Amor de Mãe” mostrou uma cena MUITO chocante de uma mulher, interpretada pela Isis Valverde, que poderia ser morta pelo ex-parceiro; e por "fim", duas mulheres famosas foram agredidas por seus pares… uma em viagem com a família e a outra, há poucos dias do seu casamento.
Realmente gostaria de saber QUANDO ISSO VAI PARAR?
Eu, sinceramente, nem sei por onde começar, por tão indignada que fico quando sou impactada por novos de casos de violência, especialmente contra mulheres, mesmo sabendo que a cada minuto, várias são agredidas no nosso país.
Aliás, o Brasil está entre os 5 países mais violentos do mundo para mulheres.
Antes de escrever aqui, pesquisei para ver o que estão falando sobre os ocorridos e tem inúmeros comentários questionando o motivo dos caras terem feito isso e querendo justificar as suas ações.
Talvez, esse post seja "mais do mesmo" para mim e para muitas de vocês, mas eu percebo que quando uma coisa acontece com frequência, é porque muita gente precisa AINDA ser informada, por várias e várias vezes, por vários e vários ângulos, até que algo vire a sua "chavinha" e aquilo que era visto como algo normal e até natural, vire um absurdo, como deve ser!
Nas últimas semanas, eu trouxe aqui vários conteúdos falando sobre os tipos de violência contra a mulher, sobre violência em outras relações que não são apenas as afetivo sexuais, porque a gente sofre violência o tempo inteiro, desde o momento em que alguém quer calar as nossas vozes e não nos deixar emitir opiniões, até quando somos mortas ou abusadas sexualmente DEPOIS de mortas.
Pois é, não tem fim! É muito cruel...
Eu fico pensando incessantemente sobre maneiras de acabar com isso. A minha parte é poder ajudar as mulheres a se fortalecerem e saberem que elas NÃO precisam de um homem ou de um relacionamento para serem felizes. Com ninguém, na verdade!
E quando a gente não precisa, a gente escolhe e atrai pessoas mais amáveis para perto da gente. Isso pode até não ser o suficiente para evitar uma agressão, mas ajuda a não ficarmos nesse lugar tão dolorido e injusto.
E é por isso que, muitas vezes, trago assuntos diferentes aqui na página, porque acredito que tudo influencia e que muitas vezes, quando transformamos uma área da nossa vida, outras são automaticamente transformadas também.
Os casos das mulheres que sofreram violência essa semana não têm nada a ver com dependência emocional, aparentemente. Elas apenas acreditaram em relações, em pessoas e nos seus direitos de liberdade. E isso lhes foi roubado de alguma maneira!
O que mais me chocou nos comentários que vi por aí, foram pessoas falando que o goleiro do São Paulo agiu como agiu por ser imaturo. E esse é mais um tipo de violência contra a mulher!
Todos os atos dos homens são justificados com imaturidade, enquanto as mulheres têm que ser maduras desde crianças.
Agredir alguém não tem a ver com imaturidade, tem a ver com descontrole emocional, crença de poder e dominação, falta de respeito, educação, mau-caratismo e uma dose de "mão na cabeça" que os homens sempre ganham por todas as besteiras que fazem.
Isso quer dizer que mulheres são santas? Não! Mas NADA, absolutamente NADA justifica uma agressão.
Eu entendo que, para quem vive esse tipo de relação, é difícil sair por diversos motivos. Muitas têm que FUGIR, literalmente, para poder sobreviver. Mulheres agredidas sentem muito medo, têm uma autoestima devastada, crenças de que não podem continuar sozinhas, sentem vergonha, acreditam que não terão apoio (porque muitas vezes não têm mesmo, né?), são tomadas por emoções que realmente as paralisa. Mas eu também sei que MUITAS mulheres conseguiram sair dessas situações e retomaram as suas vidas.
É um desafio, é difícil, é doloroso, mas é possível.
Na live da semana que vem, que vou fazer junto com a advogada Lívia Giovanini, vamos falar de questões emocionais e psicológicas, mas também falaremos de coisas práticas, como as leis, lugares de apoio, onde procurar ajuda e como lidar melhor em casos como esses.
Espero vocês.
Vamos (e estamos) juntas!
Giulianna Ruiz
Desenvolvimento Emocional para Mulheres
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