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Por que NÃO viver um amor Romântico?

  • Foto do escritor: Giulianna Ruiz
    Giulianna Ruiz
  • 14 de jul. de 2020
  • 3 min de leitura

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Um dos significados do romantismo é ser muito sentimental, sonhador, desprovido do senso prático.


Nós, de maneira geral, fantasiamos o romantismo como demonstração de amor, carinho, afeto. Sempre relacionado a casais, no âmbito amoroso. Muitas suspiram quando dizem que “ele é tão romântico!”. Porém, o amor romântico não tem nada a ver com isso. E eu começo essa reflexão explicando, porque muitas podem achar um absurdo não defender esse amor que se vende de maneira tão sedutora e salvadora!

Na prática, o amor romântico não tem nenhuma relação com demonstrações positivas. Na verdade, ele está mais ligado ao sentimento de posse, de “felizes para sempre”, de dois que se tornam apenas um. O amor romântico é aquele amor que crê que o outro deve fazer tudo para me agradar e vice-versa, que espera que o outro saiba tudo o que eu penso e sinto. Em teoria, isso até é realmente sedutor, mas na prática, nada disso existe! É humanamente impossível agradar outra pessoa o tempo inteiro. Mais ainda, adivinhar quais são as coisas que essa pessoa gosta, ou não. E pior ainda quando falamos sobre se tornar um só. E é muito sedutor porque nos tira a responsabilidade sobre a própria vida e diminui o medo de viver sozinha. É como se existisse a pessoa da minha vida e da sua. Aquela que irá nos salvar do nosso próprio vazio e acabar com todos os nossos problemas.

Toda essa fantasia em volta do amor romântico, na realidade, nos provoca mais ansiedade, aumenta a necessidade de controle, o sentimento de posse, o ciúmes, o poder, a chantagem, as limitações, aumenta ainda mais o vazio e frustra! Frustra porque quando nos relacionamos de maneira real com alguém, nos sentimos idiotas por não termos o que acreditamos que conseguiríamos com essa relação. E ainda culpamos o outo!

Seres humanos não são príncipes, nem princesas. São apenas seres humanos! Cheios de manias, emoções, sentimentos, desejos, necessidades, incoerências, ambiguidade, dúvida, intensidade... somos falhos e limitados! E não viemos nesse mundo para viver para alguém ou por alguém. Esse tipo de relação é uma construção social que aprisiona. E na maioria das vezes, aprisiona as mulheres, que devem se relacionar apenas com um par, porque se não, ela não vale nada... e isso tem um grande peso. Já no caso dos homens, não valer nada se torna até algo sedutor, já que a cultura, mais uma vez, prega que nós temos o poder de mudar e endireitar os homens. Essas são as verdadeiras e boas mulheres! Mas querida, deixa eu te contar uma coisa: relacionamento amoroso é diferente de relacionamento de mães e filhos, e quando você se relaciona, você não tem um filho pra criar, tem alguém pra se relacionar, pra que possam se desenvolver juntos, aproveitar juntos, compartilhar a vida juntos. Não assuma o papel de mãe do seu marido ou namorado, porque aí você terá qualquer outro tipo de relação, menos amorosa.

A construção social sobre o amor, infelizmente ainda fortalece o machismo, onde os únicos "beneficiados" são os homens (entre aspas, porque eles também tem padrões a serem seguidos, que muitas vezes não questionam e acabam intoxicados). As mulheres continuam aqui para servi-los... e é por isso que muitas acabam abrindo mão e esquecendo de si mesmas e depois se deprimem por não terem nem reconhecimento, nem demonstração de amor e carinho em troca...


Você ainda quer se relacionar por meio do amor romântico? Talvez você não saiba, mas existem outras formas de amar e de se relacionar. Com o outro e com você também!


Conte comigo,

Giulianna Ruiz

Autoconhecimento e Desenvolvimento Emocional para Mulheres

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(11) 97441 4846

 
 
 

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