Por que a vida perfeita das redes sociais incomoda tanto a gente?
- Giulianna Ruiz
- 14 de jul. de 2020
- 4 min de leitura

Dia desses, li um texto criticando a vida perfeita da blogueira fitness Gabriela Pugliesi.
Ela expõe uma vida que muitas de nós gostaríamos de ter, mas que, tecnicamente, é inacessível para a maioria das pessoas.
Nesse texto também foi levantado o caso de um coach que se suicidou. Famoso, com mais de de 2 milhões de seguidores, bem sucedido, dentro dos "padrões" de uma vida "maravilhosa".
E ainda, uma comparação com a vida de garotas com a vidas comum, sem tanto glamour e autocuidado, já que muitas pessoas acabam usando o seu tempo "apenas para sobreviver”.
Há muito tempo penso sobre tudo isso e acho esse momento perfeito para levantar algumas questões!
Primeiro: O Instagram, como outras redes sociais, tem diversas funções. Uma delas é vender.
Muita gente faz isso, inclusive eu!
Compartilho textos, reflexões, vídeos, mostro a necessidade e importância do autoconhecimento, trago dicas para que você possa ressignificar o seu olhar sobre a vida e sobre como pode construí-la com mais sentido para você. O objetivo final, além de realmente ajudar, é também oferecer os meus serviços para nos aprofundarmos no seu processo de desenvolvimento emocional.
O que eu vejo sobre esse movimento?
Que as redes sociais tornaram-se mais um canal de comunicação e comercialização, assim como a televisão, revistas, rádio ou jornais.
Elas foram criadas para nos conectarmos e, também, compartilharmos a nossa vida com os outros.
Essas mídias podem, inclusive, nos ajudar a conhecer outras pessoas e até construir relacionamentos amorosos!
Esses são alguns dos exemplos que consigo compartilhar nesse momento, mas tenho certeza existem outras tantas funções.
Eu também tenho mídias com foco pessoal. Vejo que, além de poder ajudar as pessoas com os meus conteúdos profissionais, uso essas redes como um mural de fotos, como os porta-retratos que temos em casa.
Alguém coloca fotos de dias ruins em porta-retratos?
Então qual é a razão de algumas pessoas se incomodarem tanto com o fato das pessoas mostrarem as suas "vidas perfeitas" no Instagram ou qualquer outra rede?
As redes sociais são livres; dessa forma, cada um pode escolher o que vai consumir.
Isso também acontece com a TV, não é mesmo? Pense bem nos programas disponíveis na programação aberta, por exemplo...
Canais de TV mostram, em diversos programas, temas sobre estilo de vida.
Filmes e novelas, por exemplo, representam muito bem o que vivemos no dia a dia. Alguns combinam mais com a gente, outros não.
O que você escolhe assistir?
Na televisão, assim como nas redes sociais, não existem só coisas ruins ou temas fora da realidade da maioria. Em ambos os canais, existem diversos conteúdos e segmentos, muito bons, falando sobre os mais diversos assuntos!
Novamente,
O que VOCÊ está escolhendo consumir?
Muitas vezes, queremos justificar as nossas decepções, dificuldades, angústias, pelo comportamento do outro!
Por que a blogueira fitness tem um canal com mais de 4 milhões de seguidores, se ela só causa sentimentos de inferioridade nas pessoas?
Talvez esteja na hora de repensarmos os nossos conceitos, escolhas e comportamentos. Muitas pessoas podem se inspirar nesse estilo de vida, SIM. E está tudo bem.
Acho muito interessante essa crítica. Ela mostra o quanto MUITAS pessoas escolhem criticar, olhar pra vida do outro, pontuar o quanto ele faz mal para a humanidade, ao invés de cuidar da PRÓPRIA vida ou fazer algo bacana para os outros ou para elas mesmas.
Vejo o quanto as pessoas falam sobre saúde mental, emocional, física, mas que resistem à terapia, aos exercícios físicos e uma alimentação saudável (que faz parte e auxilia nesse processo).
Exercícios físicos dependem mais de disposição e disciplina, do que dinheiro pra pagar academia.
Terapias são oferecidas até mesmo pelo sistema público de saúde, mesmo demorando um pouco mais.
Outras especialidades são oferecidas por faculdades com cursos de psicologia, em casas de apoio dos mais diversos segmentos e muitos profissionais costumam negociar valores mais acessíveis pra quem não tem condições de pagar.
Eu mesma faço isso!
O que gera mais sofrimento nas pessoas não é a vida que o outro leva, mas a necessidade de querer que o mundo mude para lhe agradar, ao invés de mudar a si mesma para vivê-la com mais sentido.
É mais confortável olhar e "julgar" o que o outro está fazendo "de errado", do que olhar para o que você pode fazer para melhorar a sua vida e viver uma forma que faça mais sentido pra você.
Eu sei, é um processo difícil, longo, muitas vezes dolorido. Mas, às vezes, uma única coisa que a gente muda ou uma nova atitude, pode transformar muitas outras coisas que não nos fazem bem hoje em dia.
O Coach que se suicidou é mais um pessoa como tantas outras, que viveu uma vida nas redes sociais, muito desejada, mas que encontrou alguma dificuldade em lidar com as próprias questões. Porque a vida real é assim, né?! Ela traz questões o tempo todo e precisamos lidar com elas.
O processo de Coaching é ótimo para algumas situações, mas não para todas.
O coaching ajuda alcançarmos objetivos, estabelecer metas, mudar alguns pensamentos, mas para vivermos uma vida com mais sentido, precisamos fazer o trabalho sujo. Precisamos lidar com as questões que nos geram sofrimento, que não nos permitem a liberdade emocional...
Quando vamos arrumar uma gaveta, precisamos tirar tudo de dentro, olhar para cada item, avaliar, e depois, escolher o que iremos guardar e o que iremos doar ou jogar no lixo. O processo de de desenvolvimento emocional é parecido com isso.
Esse processo é transformador. Imersões, cursos, leitura… tudo isso nos ajuda a criar uma vida melhor, porém, uma ótima pergunta para você se fazer todos os dias é: "Eu estou fazendo isso pra quem? Pra que?"
Se não, você pode entrar num processo parecido com esse - para impressionar aos outros e não pra se satisfazer verdadeiramente.
A vida é também sobre o outro, mas é muito mais - e PRINCIPALMENTE - sobre a gente!
Vamos juntas!
Giulianna Ruiz
Desenvolvimento Emocional para Mulheres
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