O que a Karol Conká tem a ver com a importância do autoconhecimento?
- Giulianna Ruiz
- 24 de fev. de 2021
- 3 min de leitura

A cantora sempre fez questão de falar que não precisava fazer terapia, como se essa prática fosse “apenas” para pessoas com problemas sérios. Ontem, quando foi eliminada com recorde de rejeição, chegou a dizer que “PRAGUEJOU pela casa que quando/se saísse, procuraria terapia”. Mal sabe ela (e muita gente ainda) que terapia é um baita presente para a vida, além de ser um ato de autocuidado e amor próprio. E que esse processo poderia ter ajudado-a a administrar melhor a sua “animosidade” dentro / e fora do jogo.
É claro que o autoconhecimento não previne que certas coisas aconteçam, mas quando sabemos o que determinadas situações nos provocam, encontramos meios para administrar melhor as nossas reações e comportamentos sobre elas, e evitamos agir com impulsividade.
Nós vamos nos construindo e descontraindo ao longo da vida. As mudanças estão aí, seja para o bem ou para o mal. As circunstâncias da vida, o nosso olhar sobre ela e as experiências que passamos, vão formando seres humanos adaptados a sobreviver, de acordo com cada situação.
Karol conta que sofreu muitas traumas, levou muita porrada e teve que aprender a ser forte e se defender. A sua justificativa é legítima, principalmente sendo uma mulher preta. Cuidar desses traumas, também é. Não olhar para eles, não nos livra de nada. Pelo contrário, nos limita, nos fere e machuca quem está à nossa volta, como bem pudemos observar durante a sua participação no BBB.
Karol teve uma grande perda profissional e a imagem bastante prejudicada. Está envergonhada. Diz estar arrependida. E que bom! Melhor do que isso, é termos a chance de mudarmos, nos desenvolvermos, nos (re)conhecermos, crescermos, melhorarmos. Todo esse processo acontece, o tempo todo, desde quando nascemos. Estar aberta a isso, é estar aberta para a vida! Se fechar para isso, é se fechar para a vida.
Para sermos pessoas melhores, com nós mesmas e com os outros, precisamos saber quem somos hoje, quem nos tornamos até aqui, para que possamos começar a construir quem queremos ser ali na frente e aproveitar o melhor de quem somos até o momento.
Essa jornada da Karol, apesar de ter sido chocante para muita gente, se for bem aproveitada por ela, também servirá como uma maravilhosa ferramenta de autoconhecimento. A psicoterapia é uma das ferramentas que eu conheço, domino e indico, mas temos diversos processos que podem nos ajudar a desenvolver um olhar sobre nós mesmas e criar maneiras mais saudáveis para administrarmos o que sentimos, escolhemos e fazemos.
Eu espero e torço para que a Karol busque, de coração aberto, esse processo de autoconhecimento e desenvolvimento emocional, afinal, não adianta saber e nada fazer. Mais do que informação, precisamos de TRANSFORMAÇÃO. Informação ajuda, liberta, expande, mas a transformação acontece quando sentimos. Inclusive, pode ser que sim, ela mude depois desse impacto gigante que viveu, só por isso mesmo, sem precisar de tanta intervenção.
Nos traumas, algumas pessoas experimentam ESTRESSE PÓS TRAUMÁTICO, outras experimentam CRESCIMENTO PÓS TRAUMÁTICO.
Frequentemente temos uma escolha em termos de qual caminho vamos pegar. Vamos torcer para que ela escolha o melhor caminho.
E você? Como está o seu processo de autoconhecimento e desenvolvimento? Já pensou o quanto esse movimento pode te ajudar a criar e viver uma vida com mais sentido para você, a escolher quais papéis você irá assumir durante a sua vida, independente de imposições e cobranças?
Aproveite esse momento para refletir. Vamos juntas!








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