Como lidar com as dificuldades no convívio familiar/de casal?

Dificuldade na convivência dentro das famílias sempre existiu, mas nesse momento de isolamento social estamos enfrentando algumas mais intensamente, já que estamos passando mais tempo juntos, sem válvulas de espace, sem poder sair de casa e sob pressão de uma situação nova e assustadora.

Os problemas se apresentam de diversas maneiras, porém, nada é novo!

E isso, como TUDO na vida, pode ser encarado de uma maneira positiva ou negativa. A escolha é sempre nossa.

Podemos olhar essa situação toda e pensar em maneiras mais saudáveis e prazerosas para nos relacionarmos. Ou podemos simplesmente torcer para a quarentena acabar logo e cada um voltar à sua rotina normal, sem precisar lidar com isso e sem a chance de aprofundar as nossas relações!

Todos estamos inseguros, com medos, perdidos, tentando entender o que está acontecendo e como agir.

Com o estresse gerado diante dessa situação, muitos de nós, sem saber a melhor maneira de lidar com tudo isso, já que não temos mais os mesmo recursos de alguns dias atrás, projetamos no outro as nossas insatisfações e olhamos para as suas atitudes e comportamentos como um motivo para o nosso próprio incômodo.

Para lidar com isso, primeiro precisamos entender que os nossos sentimentos não têm nada a ver com o outro, mas com nós mesmas. Tudo começa de dentro. Quando você se sente irritada com alguém, a irritação é SUA!

“Ah, mas fulano faz tal coisa que me irrita!”

Ok, mas por que você está se irritando com o comportamento do outro?

Eu vejo isso como uma necessidade de controle e até um pouco de soberba! Afinal, quando você não aceita o comportamento de alguém e quer que a pessoa mude, você está dizendo que “o seu jeito é o jeito certo e o da outra pessoa é errado”. Ou que você sabe mais do que a outra pessoa.

Sendo assim, temos outro ponto importante, que é: aceitar o outro como ele é!

A gente fala que ama, que família é tudo para nós, mas a quantidade de pessoas que tenta mudar o outro para que se encaixem em suas expectativas é incontável! Então, um ótimo exercício para melhorar o convívio familiar e com qualquer pessoa é começar a aceitá-la como ela é.

Para nos relacionarmos, as outras pessoas não precisam ser como queremos. Isso não é amor, isso é abuso, dependência, controle, vaidade...

Quando aprendemos a lidar com as diferenças, metade dos nossos problemas acabam! Não estou dizendo que é fácil, mas com certeza é possível!

Existe outra coisa chamada LIMITE! Você pratica?

Limite não é sair por aí brigando e gritando com as pessoas, dizendo que não aceita um certo comportamento. Limite é saber o que é ok para você, o que você aceita ou não e, antes de esperar que o outro respeite, começar a respeitar você mesma. Tem muito mais a ver com nós mesmas do que com as outras pessoas. Se você não tiver isso claro para você, não adianta cobrar do outro. Inclusive, porque ninguém está nesse mundo para te servir e te satisfazer, não é mesmo?

Agora, se mesmo assim, com todos esses movimentos, você perceber que não tem jeito, que vocês não conseguem chegar em um acordo, talvez valha a pena pensar se você quer dar continuidade nessa relação. Só que essa também não é uma decisão tão simples de ser tomada e, muitas vezes, nem é possível: como no caso de familiares (filhos, pais, irmãos e outros).

Que tal aproveitar esse tempo para repensar a maneira como você se relaciona com os outros, mas principalmente com você mesma?

Vamos juntas?!

Com carinho,

Giu!

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